Estrela(s) cadente(s),
Noite de tão intenso negrume,
Onde o andar vagueia por caminhos agrestes,
Mas de tal calmaria,
Onde as almas se tornam humanas
Na expectativa dos medos comuns.
Vento que se faz nosso, que nos aguça os sentidos,
No cheiro do lago que traz,
No farfalhar das palmeiras, no contato com a pele seca.
Noite de tão intenso viver,
No qual as estrelas se fazem guias,
Despertas como nunca, em união ao breu.
Escuridão que acalanta, ao posar os olhos no céu.
E vê-los tão interessados em minha existência,
Em meus sentimentos, sorriso e paz.
Nesta noite que se fez minha, que me fez outro
Senti, à relva, o gozo e no limiar, a estrela cadente..
Cadente que cadenciou.. Gozo que se fez antegozo,
Clímax de véspera. Raro momento com duração de intensos orgasmos.
Ainda assim: duplicado. Lindo corte a passar pelo céu,
Como um rabisco feito de brilho.
De olhos abertos, peito arquejante e jóia do Infinito.
Feliz. Completo. Vivo. Em transbordo sentimental. Meu. Único.
Por: Tago Elewa Dahoma.